Termina hoje, 3, a limpeza e remoção dos veículos apreendidos pela Polícia Civil de União da Vitória, no terreno onde será construído um solário, guaritas de vigilância e o consequente aumento das celas da cadeia da 4ª SDP.
A ideia surgiu depois que o Estado desistiu de construir um presídio em União da Vitória. Uma série de acontecimentos na escrituração de dois terrenos contribuiu para que o presídio não fosse implantado. Para completar, o município não queria um presídio de regime semiaberto. A cadeia da 4ª SDP está superlotada e em condições precárias, oferecendo risco à saúde dos detentos e à segurança da comunidade da área central e de toda União da Vitória.
Em entrevista à Rádio União, o prefeito Pedro Ivo disse que se reuniu com representantes do Poder Judiciário e também com o Delegado Chefe da 4ª SDP, Dr. André Vilela e decidiu por uma solução paliativa. “É desumano, não tem ventilação, os detentos não conseguem tomar sol, é humilhante mesmo”, descreveu. Mesmo não sendo competência do município a guarda de presos, o prefeito conversou com o deputado Valdir Rossoni, representante político da região, que se comprometeu em conseguir a verba para a construção de um solário com guaritas de vigilância.
Confira a declaração de Pedro Ivo sobre as condições do cadeião:
O prefeito afirmou obras como construção de grades para ventilar melhor o local. Os sanitários também deverão receber reparos. O terreno em anexo à delegacia que servia como depósito de carros apreendidos vai servir para o solário. “É tudo que podemos fazer. É paliativo, mas é a solução que se apresenta no momento”, avaliou.
O deputado Valdir Rossoni, também em entrevista à pioneira confirmou que vai ajudar o prefeito Pedro Ivo na readequação do cadeião. “Além dessas reformas, estamos buscando junto à Secretaria de Justiça, a remoção de mais detentos. De 120 detentos estamos com cerca de 55 detentos. Precisamos transferir pelo menos mais 30 para outras penitenciárias do estado, além de contar com a justiça para revisar os processos”, disse. Rossoni espera que outros detentos possam ser enviados para o semiaberto em Guarapuava ou Curitiba.
O terreno ficará nas mãos da Prefeitura até as obras do solário saírem do papel. Ainda não há data específica para o início das obras.