Começa nesta quarta-feira, 1º, e segue até o dia 8, a Semana Mundial de Aleitamento Materno 2018. Há 26 anos, 150 países participam do movimento, que tem como foco o incentivo e a divulgação de informações sobre o aleitamento materno como o alicerce de uma boa saúde – não só na infância, mas ao longo da vida. Em algumas partes do Brasil, as atividades iniciaram ainda na sexta, 27.
No Vale do Iguaçu, as Secretarias da Saúde também fomentam atividades. Em União da Vitória, por exemplo, conforme a Secretária de Saúde, Paula Quaglio Krzyzanowski, o tema será trabalhado em todas as unidades, especialmente com as mamães. “Com relatos de experiências, com orientações e, principalmente, no incentivo à amamentação”, conta. As equipes de saúde também vão participar da primeira edição da Jornada da Amamentação, que será realizada pela Associação de Proteção à Maternidade e à Infância (APMI).
Em Porto União, o Mamaço já bastante tradicional, acontece novamente. Conforme informações da enfermeira Ilse Simioni, da Secretaria da Saúde, essa reunião especial de mamães que ainda amamentam, acontece no final de agosto, no dia 22. Assim como em União da Vitória, haverá também atividades nas unidades de saúde, de orientação e incentivo ao gesto que começa assim que o bebê nasce e pode se estender por bastante tempo.
O tema da semana neste ano é ‘Amamentação é a base da vida’ que, segundo a coordenadora de ações de aleitamento materno do Ministério da Saúde, Fernanda Ramos Monteiro, expressa a ideia de que o aleitamento é importante não apenas no começo da vida, mas tem benefícios que perduram até a fase adulta. “O leite materno é comida de verdade, tudo o que o bebê precisa: não há necessidade de água, leite, suco. O leite sozinho previne diarreia, doenças respiratórias, sobrepeso, hipertensão e diabetes na vida futura”, disse Fernanda, em reportagem especial sobre a campanha, disponível no Portal Brasil.
No País, a mobilização é resultado de uma parceria do Governo do Brasil com a Sociedade Brasileira de Pediatria, a Organização Pan-americana de Saúde (Opas) e a Organização Mundial de Saúde (OMS). A Semana Mundial do Aleitamento Materno começou a ser elaborada em 1991, em Nova York, em uma reunião entre ONGs organizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).
De acordo com dados da Rede Internacional do em Defesa do Direito de Amamentar (IBFAN/Brasil) o leite é composto por gordura, água, ferro, enzimas, ferro, sais, anticorpos e proteínas. O bebê que mama no peito, leva cerca de 180 dias para dobrar de peso. Nenês que mamam na primeira hora do dia ou no primeiro dia de vida, tem muito mais chances de sobrevivência. Além disso, melhores práticas de aleitamento teriam também um profundo impacto de morbidade e mortalidade. O gesto preveniria 54% dos casos de diarreia e 32% de todas as infecções respiratórias. O órgão mostra ainda que crianças que mama durante um ano ou mais tem até o seu QI aumentado.
A amamentação deve ser exclusiva como único alimento durante os primeiros seis meses de vida ou, quando dado por mais tempo – até os dois anos, especialmente – permite que a criança receba uma proteção contra diversas doenças e se prepare para os próximos anos, para crescer protegida e com boa saúde física, emocional e mental. “O aleitamento materno oferece todos os nutrientes que a criança precisa. Ele é o responsável por este vínculo entre mãe e filho, de extrema importância. O ato de amamentar aumenta o lanço entre mãe e filho, onde se desenvolve uma relação de amor e confiança. Os bebês ficam mais tranquilos e seguros e, no futuro, o adulto será um trabalhador efetivo, responsável”, ressalta a enfermeira Ilse Simioni.
Sobre a Jornada na APMI
O assunto, que estreia neste ano, foi abordado com mais destaque no programa Manhã de Notícias, da CBN Vale do Iguaçu. Na entrevista com a âncora, Jaqueline Castaldon, participaram o médico pediatra Oseimar Ribas, a enfermeira Aline Teofilo e administradora Antonia Bilinski.
No Norte Pioneiro, uma campanha especial terá até exposição fotográfica sobre o tema. A enfermeira de formação, mas fotógrafa profissional, Luciene Honesko, ilustra a mostra ‘Amor Líquido’. “Fui motivada a fazer uma exposição fotográfica onde fossem capturadas imagens de vínculo de amor entre mãe e filho ou filha, momentos de pura cumplicidade, intimidade, afeto, alegria e satisfação que o ato de amamentar propicia. Imagens únicas, congeladas no tempo, onde leite é verdadeiramente o Amor Líquido”, conta, no material de divulgação do evento. As fotos estão expostas no Museu de Artes e História de Arapongas, entre os dias 4 de agosto até 28 de setembro. Por lá, o grupo ‘Mãe do Peito’, formado pelo WhatsApp para ajudar mamães com dificuldades no aleitamento, fará uma passeata (no dia 4) e em frente da Igreja Matriz, participam do Mamaço.