Barulho. Para alguns, algo bom, normal e rotineiro. Para outros, um problema grave e que incomoda bastante. A poluição sonora vem aumentando a cada propaganda exagerada nas ruas, no comércio. Acontece uma verdadeira competição de quem fala ou grita mais. Com isso, o dia a dia é invadido por diferentes tipos de poluição sonora. Sem contar os sons de dentro de casa. Esses barulhos são inconvenientes para a saúde. E, dependendo do volume e da frequência utilizada, podem causar danos irreversíveis a audição.
O limite recomendado por especialistas é de 80 decibéis (dB) – que é a unidade usada para medir a intensidade de um som. Tudo que produzir barulho acima disso é prejudicial ao seu ouvido.
Os efeitos dessa poluição podem demorar para aparecer. Mas com a exposição prolongada pode ocorrer perda auditiva temporária ou permanente, além de outros desconfortos.
Para a fonoaudióloga Elaine Capriglione Maltauro, a preocupação maior são as lesões permanentes nas Células Ciliadas – que são células sensoriais que fazem o movimento de ondas e são responsáveis pela nossa audição. Essas células possuem um número limitado e, quando danificadas, não se regeneram.
Classificação dos sons em 4 categorias:
– até aos 80 dB, não há qualquer risco para o ouvido, qualquer que seja o tempo de exposição;
– de 80 a 90 dB, aproximamos-nos da zona nociva, mas os riscos limitam-se a exposições de muito longa duração;
– de 90 a 115 db, o ouvido está em risco: quanto mais forte o som, menor o tempo de exposição é necessário para provocar lesão;
– acima de 115 dB, os ruídos impulsivos provocam imediatamente lesões irreversíveis.
De acordo com a Norma Brasileira NBR 105152 (ou ABNT NB-95), os níveis recomendados para máxima exposição diária são: